Um grupo de gaijos faz uma jantarada de vez em quando. De que se fala no JOG?
segunda-feira, março 20, 2006
o tique
a arquitectura nao pode ser subjectiva, um tique para a direita, um tique para a esquerda e ta andar, que bluff. desenhar e cagativo. tem de fazer sentido, tem de ter essencia. uma regra, um conceito. afixar, ta bonito, ta feio? que raio de juizo de valor e esse. ta tudo com os seus tiquezitos a produzir projectos que sao iguais em todo o lado, umas paredes tortas, umas texturas, uns zig zags, um bocadinho de liebeskind, outro bocadinho de herzog, junta-se um pitada de siza por inerencia, ah pah, esqueceste-te da mega teoria pseudo-koolhaas q nunca teve qq tipo de influencia no desenvolvimento do projecto mas impressiona o pessoal 'dasse eles pensaram msmo nisto.'
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4 comentários:
conta lá, diogo, tamos aqui pra te ajudar. vais ver que tudo se resolve... e nao te esqueças do q nos ensinaram: 'o q interessa é q seja bonito, se funcionar, melhor'
Concordo com tudo e a crítica parece-me acertada. O que julgo também é que a qualidade visual, plastica (qualquer termo , desde que não "estética" , porque me faz lembrar decoração de interiores)é fundamental e sim, acho que tem que ser "bonito". Há uns anos, o companheiro MorPau falava-me dos alunos de Mendrisio que iniciavam os seus projectos fazendo uma maqueta de algo que lhes parecesse que "entrava bem" no terreno e, a partir dessa base, tiravam-lhe medidas e comecavam a desenhar, a "meter" o programa. Confesso que a estranheza que senti na altura não é o que sinto agora, ou seja, parece-me possivel e interessante porque parte de uma exigência funcional da arquitectura, que é a qualficação de um espaço, em igual medida à qualificação de um programa.
Conto ainda, à custa disto, conto um pequeno episódio a que assisti num debate realizado na semana passada na estação de Metro de S.Bento, no Porto, entre o Jorge Figueira, o Pedro Gadanho e o Roberto Ragazzi (no contexto da exposição que lá estava - New Italian blood + New Portuguese Blood - jovens arquitectos premiados). A certa altura, estava o Jorge Figueira a apresentar obras do Manuel Vicente em Macau e a sublinhar que, talvez mais importante que o "aspecto" (muito mau, na sua maioria) das obras, era muito interessante e meritória a forma como Manuel Vicente se tinha "embebido" no contexto macaense para assim lá conseguir construir descomplexadamente durante 40 anos. O mais interessante foi o comentário do arquitecto italiano (que trabalha ha 10 anos no Porto): "Sim, tudo o que dizes será verdade. Mas olho para os projectos e parecem-me feios. E o que contas não chega para gostar deles ou os achar melhores." Ao que respondeu o Jorge Figueira, espantado: "até é comovente ouvir-te falar, porque já (ainda?) falas mais à Escola do Porto do que nós."
Ah! E não se chama "tique", mas sim "síndrome de tourette". Aprendi na "Oprah, na semana passada...
eu tou com o bullinuts. esses tiques metem nojo. vai passar o tempo vao ficar os tiques.
os tiques são maus. Exemplos:
1 tirar catotas do nariz
2 coçar os colhões
3 dar peidos na FNAC
...
e não é isso que um gaijo quer que perdure na arquitectura...
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